Quando se pensa em algo, quando o nosso pensamento, que acompanha esse algo, nos faz sentir bem… 

Se, de alguma forma, esse mesmo pensamento  nos faz rir, nos faz sentir saudades, se nos dá paz… é porque vale mesmo a pena.

Lá está, se faz sentir, faz sentido. 

Faz sentido voltar aos sítios onde fomos felizes, faz sentido se nos sentimos confortáveis, faz sentido voltar a escrever umas meras linhas do que se tem passado neste últimos anos.

Se faz sentir saudades, se nos sentimos bem a escrever, porque não voltar a este caminho do Wanderlust?

Tenho pensado algumas vezes no Wanderlust. E nesta minha ausência. Mas, antes que me perguntem, não, não parei de escrever. 

Até porque se faz sentir bem é porque faz sentido. 

Ao longo destes anos, e apesar da minha ausência, tenho passado por momentos muito, muito felizes a fazer algo que me (nos) agrada a todos: viajar.

Voltei a França, a Espanha, Luxemburgo, Alemanha, visitei a Escócia e a Irlanda. Os Açores também foram um dos alvos a riscar da “Bucket List”. Fui ao Canadá e a Israel. E fiz uma espécie de interrail pela Itália. Fui ao norte do nosso lindo país assim como descobri mais lugares do Alentejo - que não me sai da alma.

Num momento tão delicado como aquele em que vivemos, em que é difícil fazer planos a longo prazo, em que nos vimos privados da liberdade que a conhecemos… sim, tenho muita vontade em voltar em viajar. 

Se antes toda a logística do aeroporto me aborrecia, agora anseio de verdade o momento em que voltarei a pisar o chão de um aeroporto para ir descobrir este mundo. 

Como vêm, tenho muito por onde vos atualizar. 

Mas acho que estas linhas são mais do que justas para quem gosta e para quem acompanha o Wanderlust. 

Porque recomeçar é preciso.  E porque reconstruir faz igualmente parte do processo. Porque vamos recomeçar juntos...

E porque se faz sentir, é porque faz sentido. 

Gosto do conceito de "tapear". Gosto do petisco. Gosto, como sabem, de sítios tradicionais onde se respira cultura.

Mas, desta vez, na terra de "nuestros hermanos", foi mesmo caso para dizer, Espanha a quanto obrigas a malta a passar ... fomeca.

Os meses de Março e Abril foram agitados e eu andava como queria, sem tempo para nada e, sempre, de um lado para o outro.

Em mês e meio fui a 3 feiras (BTL e Mundo Abreu em Lisboa e um Roadshow onde se mostrou um Algarve Mágico e Encantado).

Sem dúvida alguma, que a minha favorita foi mesmo o Roadshow de 3 dias em Espanha (apesar da grande desvantagem das tapas... Estranhas. Muito mesmo).

Sevilha, Salamanca e Madrid. Autocarro (eu sei, eu sei...). Hóteis de 4* e 5*. Que bom!

O programa consistia em estarmos, ao final do dia com Agentes de Viagens e fazer-se a promoção dos hóteis algarvios.

Como era um programa leve, os senhores hoteleiros aproveitavam o dia ou para trabalhar ou para passear. E eu, que não gosto nada destas coisas, aproveitei em grande para conhecer um pouco de Sevilha e de Madrid.

Andei a "passear-me" pelo Centro Histórico de Sevilha, que está tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe.

Ruelas coloridas, gentes simpáticas, muito calor, a famosa Catedral com a sua arquitectura fabulosa e sítios beira rio para a malta repor as energias gastas nas longas caminhadas e bares onde as sevilhanas eram as verdadeiras rainhas.

Depois de 08h de viagem até Salamanca, lamentavelmente, não consegui ir conhecer o sítio. Estava muito, muito frio (de 27 graus passamos a -2) e, muita chuva.

Apesar de gostar de cidades cinzentas, o cansaço da viagem (entre outras coisas) venceu-me.

Em Madrid.

Bem... Metro. Lá andei perdida. Para variar. Praça do Sol. Manifestações e toca a correr!

Estive num restaurante espectacular que foi mesmo a nossa sorte face às tapas que eram servidas nos hotéis, andei pela Gran Vía onde aproveitei para comprar os "recuerdos" para a família. E, para terminar, estive no melhor Bar de Gin do mundo!!!

Pelo meio, houve muitas aventuras e muitas histórias para contar que não podem ser reveladas. Mas que foi bom. Foi. Muito!!

E, as fotos, contam o resto!